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REVIEW: METÁFORAS INSANAS

Foto do escritor: VOGUEVOGUE

Mais irônica e debochada do que nunca, Ariana Carper nos traz 'Metáforas Insanas'. O oposto de 'Doce Demais', o álbum que molda uma personagem insana, relata a sua convivência num manicômio e nos apresenta a amargura de uma garota dramática.


Iniciando o álbum com 'Devaneio Mental', os vocais masculinos mostra uma possível voz do inconsciente para a personagem que Ariana Carper criou. Se tratando de uma música crítica a sociedade da transformação que uma garota pode fazer pelo seu amor. 'Minha mente está uma bagunça/Mas eu sei que isso não te interessa/Contanto que eu esteja apresentável/O resto não importa/Não vale a pena'. E assim, entramos no universo de Metáforas Insanas!


Já 'Atestado de Lucidez' começa com repetições chatas e difíceis de ouvir. Mostra a diferença e ao mesmo tempo a semelhança da personagem criada e da cantora com as outras pessoas: uma garota louca e transtornada. 'Atestado de Lucidez' se junta ao grupo seleto de músicas que ao ouvir 10 segundos as pessoas decoram o nome para nunca mais ter o desgosto de ouvir novamente. Mais louca do que nunca, Ariana Carper aparece no País das Maravilhas com Maicow Reveley. Um lugar que para ela é maravilhoso e aberto as diferenças e sem o preconceito que as pessoas possuem. 'Cansei dessa merda de vida/Caramba que ironia/Finalmente me encontrei/No país das maravilhas'. A música 'No País das Maravilhas' se junta a playlist de colaborações que Ariana Carper literalmente desfaz a linha impecável de discografias como Zahara Luzon, Sara e agora Maicow Reveley.


O carro chefe do álbum 'Queremos Perfeição' é o ápice do cd. Desconstruindo padrões e fazendo críticas a perfeição, Ariana Carper nos comove com seus versos militantes e necessários para o mundo. 'Seremos todos iguais/Me ajude a criar o mundo perfeito/Queremos perfeição'. Chegando em 'Transtorno Mental' percebemos que é uma música trabalhada nos vocais para passar uma personagem transtornada, porém, não se diferencia de nenhuma outra música do álbum a não ser pelas letras que, apesar de diferentes, também parecem ser a mesma. A segunda colaboração do cd, 'Toque de Recolher' com vocais de Zahara Luzon, nos faz entender que a cantora é esquizofrênica visto que as Metáforas Insanas não são tão metáforas, já que a cantora é realmente louca por colocar uma música como esta no cd.


E por fim temos 'Controle'. Uma música com uma composição linda, talvez a melhor do álbum.

'Esta garota/Tem similaridade comigo/Mas não o final/Tivemos diferentes destinos/Ainda sigo vagando pelo velho manicômio.' Uma tentativa desesperada de criar uma personagem louca e com problemas mentais, Metáforas Insanas é um fracasso tendo em comparação aos álbuns das cantoras não-mais-recentes lançados neste ano. Abusando de vocais repetindo palavras e com pouco acordes em suas composições, Ariana Carper nos entrega um álbum confuso e limitado a um só tipo de produção que, quando terminamos de ouvir, a sensação de ainda estar na primeira música do cd é nítida.


'A primeira música é ruim e a última parece estar na primeira.'


NOTA: 59


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