Anteriormente detentora da coroa no Impop, a recém-chegada ao Pornopop está preparada para tomar o poder! Carmim, previamente conhecida por Tammi, relançou seu primeiro álbum sob novo nome ‘Eletroplasma’ este mês. A artista comenta sobre a nova guinada na carreira, seu disco "surrealista", e próximo álbum.
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Vogue: Olá, Carmim, tudo bem?
Carmim: Olá, querida, tudo certo e por aí?
Vogue: Um delícia! Aliás—Carmim. Tammi. Ainda há certa confusão?
Carmim: Da minha parte não há confusão alguma, pois subi alguns degraus, tanto artisticamente e como pessoa. Acredito que o público já aceitou a mudança e me enxerga como Carmim.
É impossível apagar a carreira de Tammi, e sou totalmente grata, pois foi meu ponto inicial para aprender com o RPG.
Vogue: E a mudança de nome também está intrinsecamente ligada a sua mudança de plataforma. Como isso aconteceu?
Carmim: A mudança de nome está ligada sim a mudança da plataforma. A partir do momento que decidi migrar para o SL, decidi também começar do zero artisticamente.
Com isso, pude reformular meus novos anseios como artista e projetar uma linha para o futuro de Carmim.
Vogue: E partindo para o Pornopop existem novas exigências a serem cumpridas, tanto pessoais quanto vindas do público e mídia. Ainda mais você que é bastante requisitada por outras artistas em produções, e, mais recentemente, direção de vídeos. Como você lida com essas expectativas preconcebidas da música que você deveria estar fazendo?
Carmim: Realmente as exigências são maiores, já que estamos lidando com a plataforma da maioria dos artistas virtuais. Minha mudança de plataforma é recente e isso cria uma certa expectativa quanto ao trabalho que entrego, mas só o tempo e juntamente com a minha experiência poderá moldar melhor meu trabalho como diretora, editora e etc.
Trabalhar com outros artistas, além de incentivador, é uma forma de criar essas experiências e evoluir nas diversas áreas.
Vogue: Suas letras por vezes tocam questões devastadoras—ansiedade, conflitos sociais—mas seus discos se tornaram cada vez mais exuberantes e bonitos. Uma prova disso é o ‘Eletroplasma’. Você vê sua música como escapista?
Carmim: Vejo sim! Toda minha arte criada ao longo dos anos no RPG serve como escapista. Sempre fui ligada a música na RL. Transformar minhas ideias e conceitos em forma de canções/vídeos, me possibilita escapar do mundo real e criar um universo particular de fantasias.
Desde o momento que cheguei a comunidade virtual, sabia que precisava separar as coisas, mesmo que ambas estejam conectadas—vida virtual/vida real—e assim conseguir exercer minhas criações como escape das turbulências do dia a dia.
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Vogue: O ‘Eletroplasma’ pode ser considerado surrealista?
Carmim: Sim, como eu disse anteriormente, esse escape da insatisfações, desequilíbrios e contradições do mundo real, ajudaram a formatar o conceito do disco, que aborda temas naturais e conflitos que são transformados em surrealismo. Expressar as vivências da vida real no ‘Eletroplasma’ é como uma fonte jorrando as realidades paralelas.
Vogue: Em “Nirvana”, do ‘Pandemia’, você pergunta “acha justo ser controlado, e fechar os olhos pra essa opressão?”, e em “SKYLINE”, do ‘Eletroplasma’, você diz que “além da linha do horizonte há uma utopia onde podemos crescer”. Expressar esperança através do seu trabalho ficou mais difícil à medida que o mundo, digamos... piorou, no aspecto político, social, econômico histórico mundial?
Carmim: Na realidade acho que me dá mais gás para expressar meus anseios. A crise que atinge nosso mundo não é contemporânea, ela sempre existiu em ciclos, e existimos com ela. Escrever sobre os conflitos e utopias se tornou um prazer, já que me sinto ligada na área de humanidades. Gosto de transformar tudo que estudo ou aprendo em músicas e conceitos.
Vogue: Poxa, Carmim, tudo com você é na base do conceito, aclamação, coesão... Mas e aí, vamos de VOGUING? Te digo um nome e você diz se faria #VOGUING ou não com essa pessoa. Preparada?
Carmim: Amo. Vamos lá!
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Vogue: Maicow Reveley.
Carmim: Apesar das polêmicas e divisões do RPG, admiro o recente trabalho de Maicow que trouxe visuais interessantes e belos. Então, sim!
Vogue: Inui.
Carmim: Inui é uma das pessoas que me deu suporte na mudança de plataforma e sempre está disposta em me aconselhar. Com toda certeza mandamos um voguing!
Vogue: David Kwon.
Carmim: Acredito que David se esforça para evoluir como artista, mas... Acho que faria...
Vogue: Venus James.
Carmim: Venus? Hm... Esteve ao meu lado durante os anos na plataforma IMVU, apostando em dicas e opiniões que pudessem elevar meu trabalho. Portanto, sim!
Vogue: Por último... Tammi Dallas
Carmim: Apesar de morta, seu legado ainda vive em mim. Voguing nos nossos corações e memórias.
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Vogue: Além de compositora, produtora musical e filantropa nas horas vagas, você se descobriu diretora de videoclipes! Ao publicar seus primeiros vídeos na plataforma nova, não demorou muito para dirigir clipes para artistas como Gabi e Sara. Há quanto tempo você escondia mais esse talento de todos?
Carmim: Eu sempre gostei de editar vídeos aleatórios e com isso juntei um pouco de informações. Na antiga plataforma, não me sentia livre pra expressar minhas ideias da forma que gostaria, e portanto preferia não apelar. Com os novos rumos que tomei, busquei aprimorar as informações que continha, juntamente as novas para realizar meus trabalhos como diretora.
Vogue: E chegou o momento que todos estávamos esperando. Os sons das ondas ainda contrastam com o ‘Eletroplasma’, mas você já está partindo para um novo projeto. Me conta sobre teu novo álbum! A produção da Vogue me contou que se chama *****...
Carmim: Sim, o novo álbum já está em processo criativo e (espero que) bem perto de sair. Vou apostar novamente em algo dance, porém explorando um gênero que até então, não me envolvi totalmente. Gostaria de aproveitar o momento para revelar que o álbum se chama 'Megalomania', e sugestivamente como o nome já diz, fala sobre a loucura e obsessão do poder.
Vogue: Quando penso no seu trabalho como um todo, muito é sobre criar e habitar paisagens alternativas. Em 'Locomotiva' você é uma cowgirl sedenta por vingança, 'Pandemia' uma alienígena que veio à Terra para transformá-la numa rave sem fim, 'Cosmogonia' uma viajante no espaço, e por último ‘Eletroplasma’, que soa como alguém murmurando poesias sob o pôr do sol... Como você comentou anteriormente, de onde vem o desejo de ser uma construtora de mundos e como vai aplicar isso no seu próximo álbum?
Carmim: A parte interessante da música virtual é criar mundos e aplicá-los de forma coesa. Para o 'Megalomania' estou preparando um mundo cheio de regras e totalitarismo. Ser uma personagem ambígua que está no poder, tomada por esse sentimento, mas que também resiste a si mesma.
Vogue: Me inclua nesse hit! Amore, o que é bom dura pouco e assim se encerra nosso tempo. Obrigada pela companhia, foi um prazer! E seguimos ansiosos pelos próximos lançamentos e principalmente pelo lead do 'Megalomania'!
Carmim: Obrigado pela excelente entrevista! Mil beijos e aguardem pelas novidades. <3
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'Eletroplasma' e os esplêndidos videoclipes da era estão disponíveis no canal de Carmim no YouTube. Confira agora mesmo!
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