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Interview With Hillary Pink

Foto do escritor: VOGUEVOGUE

Em abril, Hillary Pink lançou seu segundo álbum de estúdio no Oddcast, quebrando um hiato de 5 anos desde seu último disco na música virtual, Noites. A artista, que, com seus trabalhos no Simbook, acumula mais de 2 milhões de reproduções no YouTube, tem novos sentimentos sobre sua mais nova passagem no Oddcast, e isso envolve muita Nostalgia, e algumas polêmicas.



VOGUE: Bem-vinda aos estúdio da Vogue, querida! Estou me sentindo tão nostálgica hoje...

HILLARY PINK: Hahahaha, então está no clima certo! Eu que agradeço o convite, estou muito lisonjeada de estar aqui!


VOGUE: Você esteve muito tempo no Simbook, e sempre transitando pelo Oddcast. Como isso mudou, ou se ainda muda, a sua personalidade?

HILLARY PINK: Bom, acho que isso me trouxe benefícios e malefícios. Eu considero que tenho uma visão diferente ao fazer um clipe, já que no Simbook são mais importantes, pois é a forma de arte lá, onde as músicas não são produzidas. Um malefício é que às vezes sou excluída das panelinhas do Oddcast, pois a maioria dos meus amigos ainda são daquela plataforma, e ao mesmo tempo, não sou divulgada pelas páginas de notícias do Simbook, nem participo de premiações lá, que de um tempo pra cá não vem mais aceitado Oddcast. Houve um tempo em que Oddcast e Simbook andavam juntos. Tempo bom que não volta. Já estou ficando #nostálgica!


VOGUE: Como você se mantém fiel a si mesma entre esses "dois mundos"?

HILLARY PINK: Eu acho que ultimamente eu vim me redescobrindo e repensando quem eu sou e o que eu quero representar no mundo virtual. Mas, sim, eu acredito que me mantenho fiel a mim mesma conforme vou transitando nesses mundos. Quando eu comecei a fazer Oddcast eu não pensei em criar um pseudônimo ou mudar completamente minha imagem, continuei demonstrando minhas ideias, antes apenas com vídeos, agora em músicas também.


VOGUE: Seu primeiro single Oddcast foi o "Arco-Íris Incolor", em 2015. Você começou a escrever canções nessa época? Como surgiu essa vontade?

HILLARY PINK: Eu já tinha escrito uma música antes disso, do estilo "Pornopop raiz", inspirado em Gozzane e Shakiria Gaga. "Eu piso em você com salto alto, só piscando te deixo esparramada no asfalto", era um trecho daquele poema contemporâneo. Eu não tinha chegado a produzir até depois de lançar meu primeiro EP, por fim virou um feat com a Tati Savhoya. Felizmente a música nunca foi lançada. Esse tipo de música não me representava tão bem e tinha feito por diversão. Mas, foi quando eu ouvi a música "Distância" da Lovalot Banks que eu tive um clique. Ao mesmo tempo a música fala sobre amor como as músicas do Simbook, ela era tão específica de um jeito gostoso de ouvir e interessante. Foi nesse momento que descobri que era desse jeito que eu queria me expressar!


VOGUE: Foram 5 anos desde o lançamento do seu primeiro álbum Oddcast, o Noites, em 2016. O que rolou nesse intervalo e por que voltar agora?

HILLARY PINK: Na verdade a música "Tropical", com participação da Emmy Leitão, não era pra ser um single avulso. Eu produzi um EP inteiro e um álbum em 2017, mas muita coisa mudou no caminho. Minha antiga gravadora, a Fallen Records, faliu e eu me juntei a uma gravadora do Simbook, onde gravei os álbuns, mas eu me sentia meio deslocada lá. Foi o momento que eu me perdi nas personagens dos mundos Oddcast e Simbook. Produzi um clipe horroroso para "Promessas", um favorito dos fãs de Noites, o que me desanimou de produzir novos clipes. O álbum que foi cancelado também tinha ficado muito ruim, fico feliz que eu tenha escolhido apagar tudo, mas eu acabei ficando frustrada pelo mundo virtual. Talvez algum dia eu consiga lançar algum material daquela época, se eu me consolidar mais no Oddcast a ponto de não me importar tanto. Acho que eu demorei para voltar porque eu não entendia mesmo se queria voltar. Mas com certeza compor e produzir músicas deixou minha pandemia menos pesada.



VOGUE: E, a partir disso, vem o Nostalgia, seu novo disco. A música dance e disco parecem sempre ter inspirado seus trabalhos. Agora, as influências aos anos 80 e 90 vêm à tona. O que mais te atrai nesse estilo, e como ocorreu o processo de criação e escrita do Nostalgia?

HILLARY PINK: Em 2016, eu tentei fazer um trabalho com essas influências, mas acho que não estava tão clara minha proposta. Queria fazer nesse álbum tudo que eu não consegui fazer nos meus trabalhos anteriores. Eu escuto muito Carly Rae Jepsen e por isso eu amo demais o gênero, acho que o conceito de "chorar rebolando a raba" combina demais com a proposta das músicas que eu gosto de compor e produzir. No final de 2019, foi o momento que eu comecei a produzir o Nostalgia. No momento eu estava namorando, mas não estava tão satisfeita com o relacionamento. A primeira música que criei foi "Insuficiente", que tem um significado muito importante para mim. Esse relacionamento chegou ao fim e as ideias de músicas começaram a surgir. Durante 2020 me mantive produzindo, mas não tinha certeza se iria lançar mesmo o álbum ou guardar para mim. O álbum é de certa forma subdividido porque as músicas foram sendo escritas conforme eu ia passando realmente por essas fases. No segundo semestre decidi que terminaria esse projeto e organizei as músicas e compus outras para finalizar a história. Mudei a direção artística algumas vezes, por exemplo na capa do single "Insuficiente" eu estava ruiva e seria algo mais clean. No final acho que saiu tudo como eu queria.


VOGUE: Recentemente aconteceu uma discussão entre você e a Raquelusho... Qual o chá? E como é o seu relacionamento com outras artistas do RPG?

HILLARY PINK: Olha, estou querendo entender também! Para começar, quando lancei o single "Tempestade" ela disse que eu canto parecido com ela. Depois, quando lancei o álbum ela alegou que eu plagiei a canção "Apelo Poliglota" de uma música dela do álbum Lovesongs. Ela não disse que música nem apresentou uma comparação. Eu nunca escutei esse álbum dela, porque ela apagou antes de eu entrar para o Oddcast. Eu gosto muito dos trabalhos mais recentes dela, mas não sei o que está passando na cabeça dela. Não sobraram mais música dela pra ela apagar e ela quer que eu apague as minhas? Vai saber. Só sei que não existe propaganda ruim: "Apelo Poliglota" atualmente é a música com mais reproduções do álbum. Mas fora esse episódio eu nunca tive nenhuma treta ou discussão com ninguém do Oddcast, em geral tenho uma boa relação com todos, mas como eu disse antes, tenho amigos mais próximos no Simbook.


VOGUE: Fala a verdade, para você, qual o mais fácil de lidar: o Simbook ou o Oddcast?

HILLARY PINK: Oddcast é mais fácil de lidar com certeza! É um lugar mais aberto e que a criatividade é mais valorizada. No Simbook você segue muitos algoritmos do momento e todo mundo faz as coisas iguais: o esquema de lançar álbum, o estilo dos clipes, as vezes até mesmo as fotos. Algumas pessoas lançam tendências e essas são seguidas. Antigamente ainda era pior, montavam panelinhas e faziam você acreditar que não era bom, quando só não era próximo da "elite" de lá. E lá é tudo mais sério, foi quando o Oddcast e Simbook começaram a se misturar que o Simbook começou a ficar mais cômico e menos restrito como era antes.


VOGUE: E quais os próximos planos para a era 'Nostalgia'? Cá entre nós, a nossa faixa favorita é "Falta", e já queremos clipe!

HILLARY PINK: Ahh, são muitos planos! Atualmente estou planejando a continuidade da divulgação de "Tempestade" com um remix quentíssimo. "Insuficiente" com certeza terá um clipe e também tem um remix produzido. Mas os próximos singles ainda estou pensando sobre! Fico feliz que tenham gostado de "Falta"! Ela é uma música muito importante, uma das mais emocionais do álbum. Uma curiosidade: ela foi produzida novamente do zero. Essa versão original é linda, mas eu senti que o álbum ficou mais forte com essa versão nova. A versão antiga seria o alívio no ritmo do álbum, papel que ficou agora para "Tempestade". Mas enfim, espero que a era seja duradoura e renda clipes icônicos!


VOGUE: Agora vamos para um momento descontraído da entrevista, onde fazemos um #VOGUING. Caso não conheça, basicamente eu digo o nome de 5 artistas em alta, e você me diz se você faria ou não voguing com tal pessoa, e, por favor, o motivo para cada um. Pronta?



Ashley Brook...

HILLARY PINK: Faria muito voguing! Ashley produz músicas com letras incríveis e eu gosto muito do trabalho dela! Ela também deu um feedback em várias músicas do meu álbum, super querida!


Kelly Dee...

HILLARY PINK: Também faria! Estamos conversando um pouco recentemente e estou adorando conhecer ela! Sobre as músicas e vídeos dela, sempre tem um significado muito legal e acrescenta algo no Oddcast, gosto demais!


YuGa...

HILLARY PINK: Nossa, não interagi muito com ele, mas ele é muito icônico, "Vou Te Copiei" é um marco! Faria muito voguing sim! Só que eu estou por fora das tretas e nomes do Oddcast dos últimos tempos, se ele foi cancelado por ser racista ou por alguma outra intolerância, desconsideramos esse voguing!


Porsha...

HILLARY PINK: Ela está se destacando muito e estamos combinando já em fazer um #VOGUING algum dia desses, então eu faria muito! Nossa música é muito parecida e eu acho que pensamos e escrevemos de forma similar, combinamos muito!


Ariana Carper...

HILLARY PINK: Minha crush, princesa do Simpop! Faria muito voguing e inclusive gostaria muito! O trabalho dela é excepcional e ela parece ser bem querida também! Gostaria de conhecê-la mais!






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