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Os 50 Melhores Álbuns da Década

Foto do escritor: VOGUEVOGUE

Atualizado: 12 de mar. de 2020



Nos anos 2010, o cenário musical virtual mudou. Saindo da sonoridade trash marcante do início do movimento Oddcast pornopop, artistas começaram a abrir seus corações em seus trabalhos, lançando obras mais complexas e introspectivas. A lista de faixas nos álbuns também diminuiu, sendo hoje comum álbuns com 8 faixas (e há quem diga que pode se considerar 7 faixas um álbum). Mais recentemente, também se iniciou a era do streaming no oddcast, conectando-se ainda mais com a realidade. Era comum artistas hospedarem seus singles e álbuns no Tidation e/ou Streamcast, agora foram além, e músicas estão entre os catálogos do Spotify, Google Music e iTunes. A música virtual está em constante mudança, e desejamos que tais mudanças aprimorem nosso precioso mundo na nova década que está por vir. Em celebração, nós da Vogue elaboramos um top 50 com os discos que marcaram esta década.


Confira os nossos 50 melhores álbuns da década, com homenagem especial aos 5 primeiros colocados:



Irreverente e polêmico, Deusa Anfíbia é o que todo álbum pornopop raíz deveria ser e fazer. Ao seus moldes, Shakiria Gaga delineou uma comunidade. Neste álbum, a artista dissecou habilmente riqueza, celebridade e hedonismo, seu adubo opulento fertilizou uma paisagem exuberante de álbuns e artistas.

Mulheres, de Zora Venka, é um álbum que nos empurra para lugares inesperados e transformadores através de confiança ou vulnerabilidade, seja recitando clássicos da música popular brasileira ("Desafino"), cantando sobre empoderamento feminino de forma palatável a todos ("Simone Veil (Mulheres Parte II)", "Fascinam", "Renato Chicago"), e até mesmo mergulhando profundamente sobre questões familiares ("Dizem", "Mamãe"). Para o público feminino, a cantora construiu uma espécie de mantra, uma modalidade de cura. Para o resto de nós, Zora Venka criou um documento de herança, tristeza, raiva e, mais importante, esperança. Mulheres é etéreo, comovente e engraçado.

Gabi abriu o caminho para um futuro sem gênero, talvez mais do que qualquer outro artista nesta década. Ao mesmo tempo direta e abstrata ("Sistëma"), intensa e misteriosa ("Morte"), o resultado é Skin: um álbum que soa como obra de robôs refinados, mas com composições e melodias que a revelam como decididamente humana. Um álbum insuperável, o apogeu de sua longa carreira, e que inspira diversos artistas até hoje.

Por debaixo do sol escaldante do verão, percepção é realidade para Helena em Sunset. É em seu próprio céu pessoal e inferno que ela conseguiu minar hinos para se reunir. Hinos que falam das vitórias e dos desânimos do crescimento, de encontrar coragem e aceitar tragédias nos triunfos ou vice-versa. O extremo talento transmitido pela artista em seu álbum de estreia é nítido, até mesmo se sua visão estiver embaçada por raios solares.

A música dance sempre fez as pessoas se mexerem, mas foi com Afterglow que Tanusha trouxe oficialmente o gênero, e fez com que o RPG inteiro tentasse (e ainda tenta) repetir seu feito. Narrando uma noite de profundas aventuras sexuais, Tanusha faz da pista de dança um santuário e um espaço seguro. Sob as luzes estroboscópicas, a manifestação de liberdade era física - no suor, na maneira como nossas figuras se contorcem. Sob a brilhante bola de discoteca, podemos ruminar isoladamente, nas casas de nossos próprios corpos, e ainda assim nos sentir parte de uma comunidade maior de seres humanos que apenas procura brilhar a noite toda.

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