A cantora e artista visual Venus James é um dos nomes mais excêntricos do Oddcast. Conhecida por sua qualidade alternativa de 116p, a voz de "Unfold" nos concede uma entrevista polêmica e reveladora, confira!
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Entrevista — parte I
Vogue: Olá, querida, seja bem-vinda aos estúdios da Vogue! Há algumas flores ao seu lado para degustação. Fique à vontade.
Venus James: Olá, queridos, obrigada por me receber. Estarei fazendo uma vitamina de orquídeas para o Robertinho.
Vogue: Robertinho tem uma mãe! Então, partindo do Chroma (2016), algo bem experimental, para o Exodus (2017) com vários hits chicletes, em especial "Pose", e agora, mais recentemente, o aclamadíssimo e orgânico Reverie (2018)... como é para você transitar entre gêneros musicais e manter fiel a si?
Venus James: Hm... ótima pergunta. Acredito que não importa se você faz música pop ou música conceitual, você deve fazer música que seja autêntica e reflita quem você é. Nós estamos em constante mudança e cada álbum meu reflete quem eu era e o que eu gostava naquele período. São álbuns bem diferentes por isso, mas sempre partindo da minha essência.
Vogue: O murro na ******. E qual a sensação de observar o impacto positivo de seus singles e discos?
Venus James: Obviamente é uma surpresa e fico honrada. Principalmente com o Reverie, pois sabia que era um álbum mais alternativo e que não iria agradar a todos de primeira. Também fico feliz que a parte visual tenha recebido elogios, pois não sou muito experiente na área e todos sabem que fazer clipes no IMVU não é facil, então fico muito agradecida.
Vogue: Por falar no IMVU, o impop está em escassez. Grande parte dos artistas impopers ou migraram para o The Sims ou Second Life, ou se aposentaram. Além disso, é uma plataforma bastante esnobada por certos artistas e, pelas próprias limitações do jogo, os artistas não aproveitam 100% para criar clipes, visuais deslumbrantes. As novatas salvam um pouco a plataforma, mas não participam ativamente do RPG. O que você sente ao ver seu lar praticamente em ruínas e carregar a indústria nas costas?
Venus James: É bastante triste, não vou mentir. Acho que existe um preconceito com a plataforma e as pessoas não veem os lados positivos do que é feito nela. Existem limitações sim, mas é possível reconhecê-las e fazer bons trabalhos no IMVU, é só ter habilidade e paciência rs. Sobre carregar a plataforma, bom, é bastante responsabilidade e espero que esse ano eu consiga usar esse "cargo" para chamar mais pessoas para o IMVU. #EuAcredito.
Vogue: Voltando ao Reverie, seu disco mais recente, além de amplamente elogiado pela crítica e tocado nos principais bueiros de Osasco, foi também profusamente trabalhado. Desde outubro de 2018 até o fim do ano passado, que não faz muito tempo, você investiu na era. O que te fez dar uma pausa em novos materiais e se dedicar ao seu terceiro disco?
Venus James: Após o lançamento do álbum eu ia trabalhar num projeto visual para ele, que iria sair no primeiro semestre de 2019. Mas alguns contratempos aconteceram, a pessoa que iria me ajudar no projeto digamos que me deu um bolo, e também não estava muito satisfeita com partes do projeto, então ele acabou não saindo e os vídeos do Reverie acabaram atrasando, além de compromissos pessoais. Então, primordialmente, a razão de eu ter me dedicado mais ao Reverie esse ano foi essa, mas acredito que foi uma boa decisão, foi uma era bem trabalhada.
Vogue: Você já se imaginou passar tanto tempo trabalhando em uma só era?
Venus James: Não exatamente, mas, como cantores da vida real, eu gosto quando o artista trabalha a era por um tempo mais longo, faz parecer que não foi só um álbum e pronto, sabe? No oddcast talvez não funcione assim, mas estou feliz com essa decisão.
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Vogue: Embora dedicada a era, você participou em inúmeros trabalhos de outros artistas, como Thalia, Inui, Tammi, Van Vogue, Beth Thunder, e vários outros, o que você aprende e/ou ensina a cada colaboração?
Venus James: Bom, cada colaboração é diferente. Quando trabalho numa participação menor, como uma co-composição por exemplo, eu apenas escrevo o que me foi pedido e o resto fica nas mãos da pessoa que eu colaborei. Mas quando é uma colaboração mais próxima, como por exemplo, minhas participações com pessoas que tenho mais proximidade como Inui e Tammi, é diferente. Eu tenho um espaço maior para desenvolver conceitos, letras e produções com o artista, e como tenho mais intimidade com elas, eu já estou de certa forma inserida no processo criativo do projeto, então eu tenho uma ideia mais clara do que podemos desenvolver juntas. O que eu aprendi colaborando, é enxergar melhor o tema do projeto, por exemplo, assim posso criar conceitos mais condizentes com a proposta dos artistas. Por exemplo, quando escrevi "Stigmata" para Gabi eu já sabia do que se tratava o álbum, então foi bem mais fácil fazer algo pra ele. Sobre o que as pessoas tem a aprender comigo, acredito que se manter aberta para colaborar e aprender um com o outro é a chave para uma boa colaboração.
Vogue: Sobre os escândalos que abalaram e ainda abalam o RPG, é óbvio que um artista escolhe ou escolhia entre se manter privado ou expor sua opinião em público. Inicialmente você não opinava visivelmente nem se envolvia em brigas ou casos específicos. O que a fez começar a se posicionar?
Venus James: Eu tentei me manter neutra sobre as polêmicas que ocorreram, até mesmo quando me atacaram no final de 2018. Mas recentemente pessoas que até então eu confiava tentaram armar para mim, e isso me fez acordar para a situação, que eu estava do alvo de algumas pessoas. Essas pessoas definitivamente levam o RPG muito a sério e se eu quisesse continuar aqui, eu teria que manter a minha guarda.
Vogue: Já que entramos na parte de polêmicas, o que houve entre você e a cantora Thalia? A troca de farpas entre vocês é de domínio público.
Venus James: Sinceramente, não quero ficar falando sobre isso. Vejam o vídeo do Luciano Porto sobre a briga que vocês irão saber o que houve.
Vogue: E sobre a Porsha? Certamente o Luciano não falou sobre isso.
Venus James: Ok... A Porsha adora tirar conclusões precipitadas sobre assuntos que não são da conta dela. Ela ficou brava que ela não ganhou nenhum prêmio no Platinum Award e então decidiu colocar a culpa da sua incompetência em cima de mim, o que acho que é algum tipo de tendência no rpg, projetar seus problemas nos outros... Enfim, se ela cuidasse da própria vida ela melhoraria e ganharia os tão desejados prêmios dela. Só digo isso.
Vogue: No tea, no shade, no pink lemonade! Vamos aliviar um pouco... Partiu VOGUING?!
Venus James: I'm so into voguing right now... Vamos lá.
Voguing
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Vogue: Victoria Dyer
Venus James: Faço um death drop com a Vic! Ela é simplesmente uma das artistas mais talentosas que conheci, super inteligente e super humilde. Amo que amo!
Vogue: Jesy German
Venus James: Adoro a Jesy, é uma escritora de mão cheia, estou ansiosa para ver a evolução dela. Só espero que ela não se envolva com pessoas manipuladoras sabe...
Vogue: Rüdimental
Venus James: Bom, eu e a Rudi trocamos algumas farpas em um momento, mas já está tudo resolvido. Ninguém é tão envolvido no oddcast quanto ela, eu admiro muito isso. O escândalo dos views foi errado? Sim. Mas existiam outras maneiras de lidar com a situação, visto que ela é a pessoa que mais estava ajudando o RPG a crescer. Tudo de bom pra fada.
Vogue: Beth Thunder
Venus James: Me jogo da ponte pela Beth! Ela é a mãe que eu nunca tive, ela é a irmã que todo mundo gostaria de ter, ela é a amiga que todo mundo merece. Eu não conheço uma pessoa melhor. Ela tem um coração de ouro, o que dizem sobre ela é tão absurdo que chega a ser engraçado, ela não desejaria mal a ninguém do jeito que desejam a ela. Te amo muito Bethania!
Vogue: Por fim... Venus James
Venus James: Prezada Venus James, eu nem sei como começar.
Como eu vivi pra ver a sua queda, sua cadela. Agora eu entendo o porquê de você se escorar na Tammi tantas vezes, você e ela tiveram as mesmas experiências de assassinar bebês em troca de sucesso, e no final nem adiantou NADA porque Deus é maior. Primeiramente, essa porca pixelada flopou com álbum ao vivo, algo que os fãs desse frango assado do tumblr viviam se gabando. Agora chegou sua vez. Desde 2014, Tammi, Sara, Gabi… NINGUÉM conseguiu fazer você hitar depois de Pose. Uma mulher baixa, sem escrúpulos, uma prostituta ambulante que não vê nada além do próprio corpo, esbanjando a putaria aleatoriamente através desse amontoado de pus com hidrogel que você chama de COXA.
Desde a época de Chroma era notório a sua falta de talento, escoramento em corpo e falta de originalidade. Copiou a Lee Anna, copiou a Luisinha Mortandela, copiou a Wanda e até a Luiza Albuquerque. Sério, eu tinha vontade de enfiar meu ouvido no ácido clorídrico só pra não morrer de vergonha ouvindo essa merda que você chama de música. Antes tínhamos Helena, agora temos você. Um oompa loompa de 1,50 que fala a cada 5 palavras num verso, 6 são crateras e 7 são sou doente mental. A sua ÚNICA frase memorável, “cadela anacronica bucetinha beth thunder” é uma porra uma contextualização de um tweet da GITHER LACRADEIRA. Isso mesmo, lembra dela? A que você copiava e depois deu as costas, no seu famoso feminismo seletivo.
Antes mesmo de Lee Anna cismar com suas perucas loiras, você tava lá. Passando vergonha, usando whitenicious, as perucas e até lente colorida porque VOCÊ não tem orgulho de suas próprias origens. Além disso, é fanfiqueira, vive dizendo que tem milhões de personalidades porque teve trauma na adolescência. Eu era mais pobre que você e nunca precisei de fingir transtorno de personalidade pra justificar insanidade mental. Já dizia a Xulla Vanana, “Quem não tem competência, não se estabelece”. Estamos em 2019 e vemos o FRACASSO em que você se meteu, e ainda tem a AUDÁCIA de se intitular a rainha do imvu- com TRÊS singles lançados e nenhum sequer ainda vendeu 50k.
Lembrando que você teve que se escorar no freak e em música pop pra conseguir hitar, vulgo Pose e Unfold. Até pro R&B você teve que se virar, tudo pra suprir o desespero de não ser uma esquecida inútil na música.
Beth Thunder tem #1. Inui tem #1. Gabi tem #1. E você se acha digna de ser rainha de qualquer coisa? Óbvio que não. Só porque você não tem competição, não quer dizer que é a soberana daquilo. Tem gente maior, melhor, com talento de verdade no alternativo que podem ser dignas desse título. Nossa Venus James, nem se escorando na RUDIMENTAL, que é a maior hitmaker do século, você conseguiu algum tipo de hit. Eu teria VERGONHA de ser fã de você ou admirar qualquer tipo de trabalho seu. Sersi e Sara, darem uma carreira pra essa rapariga foi a pior coisa que vocês contribuiram para a indústria da música. Mas a gente entende, não é culpa de vocês, vocês só estavam fazendo caridade.
Aqui jaz Porvenus Abortames, 2016-2019.
A última pá de terra foi jogada.
É melhor voltar a rodar bolsinha nas ruas da capital de Rio Branco, porque para a MÚSICA você está MORTA.
Entrevista — parte II
Vogue: Lendária... Voltando às perguntas. Que trajetória musical intensa você construiu! O que tem a dizer àquela garota que acabara de lançar o EP Electric Pussy em maio de 2016?
Venus James: Eu diria que vivemos em um mundo onde a superficialidade toma forma, de um jeito que tudo não se orna. E diria pra ela mudar aquela voz de robotron fanho.
Vogue: Bom, era Reverie finalizada. O que você pode nos falar sobre o #VJ4? Muita cor, brilho e um final inovador?
Venus James: Caraca, são tantas emoções me lembra até a rainha Various Artists. Não quero revelar muito sobre meu novo cd que chamará Aeriform que contará com 13 faixas e terá uma sonoridade R&B experimental e futurística, por que acho que vai estragar a surpresas sabe? Então vou deixar o mistério no ar...
Pois tenho uma #Imagem a prezar!
Vogue: Ainda bem que você não revelou nada do seu novo álbum e seguimos bastante curiosos sobre ele! É neste sentimento de ansiedade que devemos encerrar a entrevista, acho que a fralda do Robertinho está cheia... Aguardo seu comeback e pau no cu do mudo. Até mais, querida!
Venus James: Até mais foi um prazer estar aqui com todas essas bichas feias. Beijo!
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Clique aqui para assistir o último clipe lançado por Venus James do seu álbum Reverie. E mantenham-se atentos para o novo álbum Aeriform da artista!
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